Tudo o que pensamos, vivemos, sentimos, queremos.

11 de agosto de 2011

Simples, mas solene.



E numa tarde chuvosa, coisas normalmente insistem em vir à memória – coisas boas e ruins. Interessante é que mesmo que não as queira pensar, tais lembranças estão ali batendo à porta da memória para enfim vir à tona.

Lembranças... São muitas das vezes incoerentes, desordenadas e ate fugaz. E seja olhando a chuva cair lá fora, andando na rua, escutando músicas antigas, olhando um retrato na estante ou apenas em lugar qualquer com os olhos fechados, elas aparecem. E aquele clima meio que etéreo trás consigo a capacidade de te arrancar lágrimas – sim, arrancar. Porque elas caem sem que mesmo tenhamos dado permissão.

De repente, acordando sem mesmo ter cochilado. Olhamos além da janela e percebemos que a chuva simplesmente deixou de dar o ar de sua graça e observamos assim o crepúsculo deixado por ela. E tal cena imediatamente busca lembranças de um verão com amigos, de um café da tarde admirando o sol sentado na varanda, da saudade de quem namora ou ate da vontade de ver quem se enamora.

Lembranças vêm e vão a todo o momento. A questão é que nem sempre estamos atentos a elas. Que é preciso que a vida nos dê uma tarde chuvosa ou um crepúsculo para que possamos ter a gentileza de atentá-las. É necessário perceber a importância de cada lembrança e o que cada uma em sua singularidade ensina, faz sentir, deixa saudade e mostra a falta de algo, mesmo que outrora não fosse necessário e que hoje é preciso.


Seja sensível à pequenas coisas como, simples lembranças!


Anne Albuquerque

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